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Entrada
00:59
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Pedaços
02:00
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Certo homem põe-se em linha,
Quando o amor o amassa
Pensa que p’ra lá caminha
Faz-se o trilho da desgraça
Um pedaço sempre que vais embora
Um pedaço sempre que vou embora
Um pedaço sempre que vais embora
Um pedaço sempre que vou embora
Pensa que quando for velho
Lá estará uma certeza
Pouco importa o espelho
Desde que traga leveza
Um pedaço sempre que vais embora
Um pedaço sempre que vou embora
Um pedaço se queres que vá embora
Um pedaço sempre que vou embora
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3. |
Ondas
02:54
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Ondas que me levam
Parece que são feitas de ouro e são veludo no meu corpo
Uma estrutura do meu traço
Na escuridão o mesmo espaço
Na incerteza o que desfaço
Em consciência eu erro um passo
Ondas que me levam
Parece que são feitas de ouro o que seduz também o outro
Uma estrutura do meu traço
Na escuridão o mesmo espaço
Na incerteza o que desfaço
Em consciência eu erro um passo
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4. |
I
01:53
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5. |
Mimo
01:58
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Vem que vem ao longe um mimo
Vejo que é teu amigo
Não te vais arrepender
Agora mais de perto eu sei
Vendo do teu lado errei
Não volta a acontecer
Ah como eu vou
Ah já não sou
Bem vamos lá embora
Já chegou a minha hora
De voltar a adormecer
Penso acordo e logo a sonhar
Não sei como vou voltar
Ao que mais me dá prazer
Ah como eu sou
Ah já voou
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6. |
Onde Está
01:08
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Onde está a minha cor
Sem pensar e sem supor
A lupa
Recusa
Onde está o que eu quis
Rejeito se não me diz
Escuta
É uma
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7. |
II
02:46
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8. |
Pista
03:59
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Uma pista p’ra tirar a venda
Sem pensar se ainda vale a pena
Mais um balde de água fria
Prolongar esta agonia
Nada a ver
Não vai ser assim
Nada a ver
Não vai ser assim
Tanto eu tento tempo a tempo
Popular em pensamento
Mais um balde de água fria
P’ra levar à utopia
Nada a ver
Não vai ser assim
Nada a ver
Avança sem mim
Nada a ver
Não vai ser assim
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9. |
São Tantos
03:23
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Na conversa p’ra animar
Mandam poeira p’ro ar
Já se viu que os pardais são tantos
Esquenta a mente a derreter
Libertar para escolher
Já se viu que os murais são tantos
Da vontade de partir
Definir aonde ir
Já se viu que onde vais vão tantos
Amordaça a tradição
A cultura sem expansão
Já se viu que p’ra mortais não há cantos
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10. |
III
02:35
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11. |
Besta
03:33
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Lento vem assim
O som
Que embala alguém
Conquista o fim
Quem sou
Sem mais ninguém
Volta envolta em pé
Levou
Ser mas não é
Procura qual é
O dom
Que espera o bem
Besta em pedra ali
Não resiste aqui
Vista grossa lá
Não persiste cá
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12. |
Nada Como
03:45
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Um paredão de laranja escuro
E a ver-te
Ao fundo desta ilusão
A luz do sol que aquecia almas
Com ternura
Do outro lado desta parede
Nada como ver
A flor crescer
A mão tremer
Quem berra a ver
O fogo a arder
Que apaga o ser
Que habita a terra
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13. |
IV
01:43
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14. |
Como Se Fosse Sede
04:46
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Animado pelo vento
Suplantado o desprezo
Avança um barco pelo gelo
Respirando entre paredes
E a compor com dó
Não virá o sol
Como se fosse vê-lo
Como se fosse medo
Concentrado em prever
Transpirar sem correr
Viste o barco pela rede
Inspirado em vocês
Componho com voz
Foi-se um mal menor
Como se fosse vê-lo
Como se fosse medo
Como se fosse tê-lo
Como se fosse sede
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15. |
Sinos
02:30
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Solto da ramagem
Surgirá
O fruto da saudade
Do confronto com a distância
Surgirá
A ternura da amizade
E do colo faz-se a telha
Que será
O que dura na verdade
Faz-se fogo com a centelha
A iluminar
A penumbra da velha casa
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